quarta-feira, 6 de abril de 2011

Emma Zunz - Jorge Luis Jorge - Versão diferente #Parte2

(...) Retornei à minha casa e esperei o amanhecer para continuar a perseguição. Precisava seguir seus passos, precisava saber seu programa de dia e noite. Assassinar uma pessoa é um processo lento e requer habilidade e esperteza.
    Logo cedo Emma já se dirigia ao Porto, não tinha ideia que ela poderia seguir o rumo de seu pai se metendo com essa gente, deve ser genética mesmo.
    Entrou em dois ou três bares observando algo que não pude saber o que era. Daqui a pouco Emma acompanha um homem até a escadaria. Não sabia o que iam fazer lá. Decidi esperar até voltar.
    Demorou muito até o pequeno homem descer e um pouco mais até Emma fazer o mesmo.
    Ela agora entrava em um ônibus e sentou-se no assento mais dianteiro. Eu sentei-me um pouco mais ao fundo para ficar de olho. Aos poucos fui percebendo que estávamos indo até a fábrica.
    Parece que deveria ter alguma coisa importante com seu chefe pois era na sala dele que ela estava agora. Foi difícil me esconder naquele pátio deserto mas, pareceu que não tinha notado devia estar focada demais no que ia fazer.
    Ouvia vozes lá dentro. Emma falando alguma coisa sobre a greve, mencionando nomes e um monte de outras coisas. Seu chefe que há poucos tinha descoberto que se chamava Aaron Loewenthal saiu de sua sala e andou até uma portinha que devia ser a cozinha. Voltou com um copo de água na mão.
    Pude ouvir o arfar perplexo do patrão e dois tiros vindo em seguida. Ouvi o som do corpo desabando no chão. Ouvi o som do copo de vidro se quebrando.
    Droga.
    Tinha que sair dali imediatamente. A polícia chegaria. Muitas perguntas não respondidas. Será que tinha feito aquilo sabendo que eu estava ali, queria me entregar indiretamente à polícia?!
    Não sabia.

Para saber o resto, como eu já disse uma vez, acompanhe-nos.

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